terça-feira, 16 de maio de 2017

Crianças verdes de Woolpit - Lendas Urbanas #9

 Woolpit é uma pequena aldeia no condado de Suffolk, leste da Inglaterra. O local é conhecido por uma lenda medieval sobre duas crianças misteriosas. Essa lenda é um importante símbolo da cidade.


 A lenda conta que no século XII, durante o reinado de Stephen de Inglaterra, quando os ceifeiros de Woolpit estavam a trabalhar no campo quando duas crianças emergiram das trincheiras que serviam como armadilhas para lobos (conhecidas por Wolf Pits, que deram origem ao nome da aldeia).
 As crianças, um menino e uma menina tinham um tom de pele verde e usavam roupas com uma cor incomum, feitas de um material desconhecido. Elas vaguearam desorientadas por alguns minutos à volta dos campos até serem levadas para aldeia pelos ceifeiros.
 As crianças falavam uma língua desconhecida aos ingleses, tornando quase impossível a comunicação, por isso elas foram levadas para a casa de Sir Richard, o senhor das terras. Onde elas caíram em lágrimas e recusavam-se a comer o pão que traziam para elas.
 Por dias elas não comeram nada, quando um aldeão trouxe-lhe feijões acabados de colher. As crianças sobreviveram durante meses à base de feijões até ganharem o gosto por pão.
 Com o passar do tempo as crianças foram baptizadas e o menino, o mais novo das duas crianças, adoeceu e eventualmente morreu. Mas a menina adaptou-se bem à sua nova vida, a sua pele gradualmente começou a perder a cor verde e a ficar com um tom de pele normal. Ela cresceu e tornou-se uma mulher jovem e saudável, ela aprendeu inglês e posteriormente casou-se com um homem do condado vizinho tornando-se numa mulher "bastante relaxada e atrevida".
 Quando questionada sobre o seu passado ela foi apenas capaz de contar poucos detalhes de como ela e o irmão foram parar em Woolpit. Ela contou que ela e o menino eram irmãos e que vinham da "terra de São Martinho"  onde tinha um crepúsculo perpétuo. Lá todos os habitantes eram verdes com ela fora. Ela não conseguia dizer onde essa terra estava localizada, mas lembra-se que era ao pé um rio bastante largo e que do outro lado podia-se ver um terra "luminosa".
 Ela lembra que, um dia, estava com o irmão a vigiar o rebanho do pai nos campos e que tinham seguido-o até um caverna quando ouviram o som alto de sinos.
  Fascinados pelo som, eles vaguearam pela caverna escura por bastante tempo até que encontraram um saída onde foram encadeados pela luz do Sol, provocando cegueira temporária.
 Depois de recuperam a visão ficaram assustados com o barulho dos aldeões e tentar fugir, mas não encontraram a entrada da caverna e foram apanhados pelos aldeões.



 Diz-se que ela adoptou o nome de Agnes Barre e que o seu marido era embaixador do rei Henry II de Inglaterra. Também diz-se que os condes de Ferrers são descendentes desta misteriosa personagem.
 Será esta história real? Obrigado por ler.

Fonte (Youtube):
 - Pique

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Eu tenho saudades tuas - Creepypastas #6


Este relato foi postado no Reddit.


 Eu adiei o maior tempo possível para ter um telemóvel (celular). Não tinha outra boa razão, para além dos custos, acho eu. Quando eu estava a começar a desenrascar-me sozinha na vida, não havia maneira de pagar um tarifário mensal. Eu era a única dos meus amigos que ainda dependia da linha de telefone e isso levava todos à loucura. Decidi esperar até ao meu vigésimo quinto aniversário, quando, finalmente, eu sentia-me suficientemente segura financeiramente para comprar um para mim. Todos os meus amigos riram-se, mas dava para notar que eles estavam aliviados. Para ser honesta, eu também estava bem satisfeita. Como se verificou, os telemóveis (celulares) são ridiculamente úteis  – quem diria?
 Eu não recebi mensagens até  passar, mais ou menos, um mês desde quando comprei o telemóvel (celular). A primeira mensagem que recebi foi de um número desconhecido e estava escrito apenas: “Eu tenho saudades tuas”.
 Fiquei confusa – que tipo mensagem introdutória foi esta? Parecia-me um pouco dramática… e foi quando percebi.
 Um ano antes, eu acabei com o meu ex-namorado caloteiro. Lembro-me que ele era muito infantil. Ele queria que eu cozinhasse, limpasse, marcasse-lhe as consultas no médico, e dar-lhe – sim, DAR-lhe – metade do meu salário todos os meses, já que ele não achava necessário ele arranjar emprego. Eu não devia ter ficado tanto tempo com ele – a sua maldita boa aparência – mas quando me apercebi, eu expulsei-o, como todas as outras namoradas/vitimas fizeram antes. A minha teoria era que ele espiou o meu facebook ou que implorou a alguns dos meus amigos para lhe dar o meu número. De qualquer maneira, esta não seria a primeira vez que ele tentou contactar-me, e eu não seria a ultima.



 Por fim, decidi não responder. Primeiro, eu sabia que ele ia tentar manipular-me se lhe desse oportunidade, como de costume. Segundo, era muito satisfatório para mim fazer ele sentir-se desprezado.
 Os meses seguintes pareciam confirmar as minhas deduções. Os seus ataques não eram constantes, mas eram sempre apelos vagos que pareciam indicar que ele precisava de um novo anfitrião para o acolher e não encontrava nenhum. Não foi surpresa que ele tentou contactar-me primeiro, já que fui a mais leal e mais duradoura de todas as suas namoradas… e a mais ingénua. Eu era o alvo perfeito.
 As mensagens eram sempre as mesmas, e rapidamente tornaram-se cansativas.
 “Eu tenho saudades tuas.”
 “Quem me dera poder ver-te…”
 "Pareceu-me ver-te no meio da multidão hoje, mas era apenas um sonho.”
  Ugh. Patético. Uma noite, oito meses depois desde que comprei o meu telemóvel, descuidei-me.
 Eu tenho de admitir, eu tenho bebido. Começou apenas com uma cerveja para ajudar a relaxar depois do trabalho rapidamente tornou-se numa festa de uma só mulher. Eu estava completamente bêbada quando mensagem muito mais longa que o habitual.
 “Eu tenho tantas saudades tuas. Eu sei que não lês estas mensagens, mas hoje, mais do que nos outros dias, eu preciso que saibas o quanto eu te adoro. Eu faria qualquer coisa para te poder só mais uma vez…”
 Hoje, mais do que nos outros dias? Pensei. Tentei lembrar de dentro das profundezas nebulosas do meu cérebro embriagado. A primeira coisa que pensei foi que seria o nosso aniversário. Claro, porque não? Seria a oportunidade perfeita para um pouco de manipulação. Ele era um cretino, mas era esperto.
 Então tive uma ideia. Ele quer joguinhos? Está bem. Vamos jogar. Eu comecei a escrever e o auto-corrector esforçou-se para clarificar as minhas palavras através da bebedeira. “Se queres vir para me ver, então porque não o fazes?” E depois, eu dei-lhe a entender que eu sabia que ele estava-me a espiar. “Sabes onde me encontrar. ”
Enviei, e, com isso, mudei o meu destino.


 Quando acordei na manhã seguinte, tinha treze chamadas não atendidas. Eu tentei lembrar-me, que merda teria feito na noite anterior. Eu assustei-me quando vi o meu histórico de mensagens, isso esclareceu-me muito. Bem, ao menos eu não atendi o telemóvel, pensei. Silenciosamente rezei para que ele não me escrevesse ou telefonasse outra vez, mas temia que lhe tinha provocado.
 Para meu alívio, ele parou de me mandar mensagens. Por uma semana, o meu telemóvel estava alegremente livre dos seus assédios. Eu estava secretamente satisfeita, felicitando o meu eu bêbado pela sua ingenuidade.
 Na semana seguinte, bateram à minha porta. Eu abri e vi um homem com crachá, a sua expressão solene e o uniforme azul contrastava com a luz do sol da manhã. O seu parceiro estava atrás dele, com uma expressão rígida como uma rocha. Eu senti uma frieza estranha a circular nas minhas veias enquanto eles encaravam-me.
 “Uh – Bom dia, senhores agentes. Há algo de errado?” Perguntei.
 Sem apresentação, eles convidaram-se a entrar. Eu deixei-os, sem ter a certeza do que eles estavam à procura, mas positiva de que eles não iriam encontrar. Achei que era engano, fiquei surpreendida quando começaram a fazer perguntas.
 “Conhece alguém chamada de Silence Madison?”
 Fiquei  perplexa, completamente confuso. “Acho que não… porquê?”
 “Encontramos uma série de mensagens enviadas para no seu telemóvel. Encontramos apenas uma resposta de tua parte.” O agente mais novo mostrou uma print das mensagens que eu recebia, juntamente a minha resposta embriagada.
 Comecei a ter noção da realidade quando o agente mais velho perguntou: “Tu recebeste estas mensagens?”
“Sim…” - Respondi. Rapidamente completei - “Mas elas eram de um número desconhecido. Pensei que eram do ex-namorado.”
“E foi por isso que mandou essa resposta?”
 Eu estava a soar de nervos. “Bem… sim. Achei que iria fazê-lo parar. Eu estava um pouco bêbada, então talvez não fora a melhor decisão…”
 O agente mais velho suspirou “Parece que houve um acidente bastante infeliz.”
 “ Como assim?”
 Ele respirou fundo e abriu a boca… Silence teve um primeiro ano de faculdade muito duro. As aulas era difíceis, ela não se integrava. A sua vida era um caos de stress e papelada. E, quando ela achava que podia piorar, a sua melhor amiga de infância, Raquel Wagner, morreu no acidente de carro. A morte foi rápida, mas a dor de Silence não.
 Ela ficou mais reservada ao longo do semestre. A sua família e amigos lamentaram a morte de Raquel, obviamente, mas todos seguiram com as suas vidas, como de costume. Silence, por outro lado, não conseguia seguir em frente, não queria deixar a sua amiga no passado. Ela tentou lidar com isso, realmente tentou. Ela tentou fazer uma cara feliz que ia para as aulas. Mas, lentamente, ela afogou-se na escuridão que parecia não ter saída.
 E quando essa escuridão era verdadeiramente grossa, sufocante, insuportável… ela mandava mensagens ao antigo número da Raquel. Um gesto inútil, mas algumas vezes isso trazia-lhe algum conforto. No aniversário da morte de Raquel, quando ela estava no seu pior, ela finalmente teve resposta.
 “Se queres vir para me ver, então porque não o fazes? Sabes onde me encontrar. ”
Ela tentou telefonar, mas ela nem sequer recebeu resposta do voicemail –  porque eu nunca tinha-o configurado. Então, ela fez a única coisa lógica que ela poderia fazer. Ela pegou no x-acto (estilete), baldou-se do emprego e abriu as sua veias à possibilidade do infinito.
 Eu cometi um erro terrível naquela noite, um erro que acabou com a vida de alguém. O pai dela nunca me perdoou, não importa quantas vezes eu pedi desculpa, a mãe tinha um ódio profundo por mim. Eu entendo que, para ela, eu fui o empurrão final para a morte da sua filha.
 A policia repetiu várias vezes que Silence acabou com a sua própria vida. Que eu não era a culpada. Mas dentro de mim, as sementes da culpa espalharam-se pelo meu coração, crescendo como ervas daninhas que não davam para arrancar.
 Passou um ano longo e duro. Consegui-me recompor e continuar com a minha vida, apesar de ter a sombra sobre mim da morte por enforcamento de Silence a assombrar-me. Não importa o que eu faço, eu simplesmente não consigo esquecer ela, não importa o quão longínquo o incidente parece.
Ontem foi o seu aniversário. Dei o meu melhor para passar por esse dia, fingindo que nunca ouvira esse nome, que não conhecia essa história.
 Estava a correr bem até por volta das dez da noite, quando eu recebi uma mensagem. Uma mensagem de um número que eu tentava desesperadamente esquecer durante o ultimo ano.

“Obrigada!”





 Escrito por spleepyhollow_101, traduzido por Atrás da Porta.

Creepypasta original (inglês)

quinta-feira, 4 de maio de 2017

H.H. Holmes forjou a sua morte? - Notícias #5

 Se não ainda não sabes quem é o H.H. Holmes recomendo que leias antes o nosso artigo sobre ele - H. H. Holmes e o Castelo dos Assassinatos - Mentes Doentias #1 - mas basicamente foi um vigarista que também era psicopata e ele construiu um hotel durante a feira mundial de Chicago, em 1893, onde ele matava os hóspedes.


  Holmes foi condenado à morte enforcamento e foi executado no dia 7 de Maio de 1896, ele pediu para o seu caixão ser coberto em cimento e enterrado a 10 pés de profundidade para não ser dissecado.

Mas será que foi mesmo?

 Especula-se que Holmes teria na verdade forjado a sua morte e que fugira para a América do Sul. Sendo ele um dos maiores vigaristas da história, isso não seria tão difícil de imaginar.
Os bisnetos do assassino fizeram uma petição ao tribunal de Pennsylvania e receberam a aprovação para fazerem um teste de  DNA. John Mudgett, Richard Mudgett, e Cynthia Mudgett Soriano querem saber se Holmes está mesmo enterrado onde dizem que está.


 O Departmento de Antropologia da Universidade da Pennsylvania vai realizar testes de DNA no corpo quando desenterrado. Algumas pessoas tem a teoria que pouco antes da execução, H.H. Holmes per o carrasco e safou-se pondo um desconhecido no lugar dele como substituto. Ele pedira que depois da sua morte que o seu caixão fosse enterrado debaixo de um camada grossa de cimento, assegurando-se que ninguém saberias da sua grande fuga final.

Para aqueles que entendem inglês, eis a reportagem da NBC

Fontes:
 - iHorror
 - NBC Chicago



quarta-feira, 3 de maio de 2017

Saiu o primeiro trailer de Black Tower, filme baseado nos livros de Stephen King - Notícias #4

 Hoje saiu o trailer do filme Black Tower, que é baseado na série literária com o mesmo nome escrita por Stephen King.
 Depois de oito livros da série é hora de sair o filme, escritos pelo mestre do terror moderno, o autor Stephen King já com várias adaptações das suas obras ao grande ecrã.
 Children of the Corn, Carrie, The Shinning, Misery, Mist, 1408, Stand by me, etc são exemplos de obras de King que foram parar ao cinema. Com destaque para Shawshank Redemption, que é apenas o filme com a maior nota no IMdb (9,3).


O filme conta a história de Jake Chambers (Tom Taylor),  um menino de 11 anos que descobre pistas sobre outra dimensão chamada de Mid-World. Misteriosamente, ele vai parar a Mid-World onde ele conhece o pistoleiro Roland Deschain (Idris Elba), que está numa jornada para chegar à Dark Tower, que fica no End-World. A altura da torre alcança o vinculo entre o espaço e o tempo, o pistoleiro espera que a jornada irá salvar toda a existência da extinção. No caminho vários monstros e Walter Padick (Matthew McConaughey), um feiticeiro malvado, vão dificultar a jornada.
Veja o trailer aqui:

Relembro que este ano vai sair também outro filme baseado nos livros de Stephen King, esse filme é I.T. e já tem trailer. Obrigado por ler.

 

Fontes:

terça-feira, 2 de maio de 2017

Castelo de Houska e o Portal para o Inferno - Paranormal #5

 Na Républica Checa, a 47km para norte de Praga, existe um castelo que tem uma história bastante misterioso, o castelo infame tem o nome de castelo de Houska e é capaz de ser o local mais assombrado da Europa.


 No século XIII, no Reino Boémia havia um poço sem fim perto da aldeia de Blatce, a pessoas que viviam perto dele afirmavam ver criaturas demoníacas, metade humanas, metade animal a voarem no céu na zona do poço. Acreditava-se que essas criaturas vinham das profundezas do poço. Esses monstros aterrorizavam as pessoas, então, de noite ninguém se atrevia sair de casa. As pessoas trancavam-se em casa e rezavam para que sobrevivessem até o amanhecer. Mesmo de dia, o poço era
um local evitado. O poço também era um local de execução, desde que a região é habitada que o poço era onde onde os criminosos condenados eram atirados.
 Este poço é um dos portais para o Inferno, a lenda diz que há vários na terra e o poço de Houska já tinha a fama de ser a entrada para o Inferno naquela altura.
 Um dia os populares fizeram uma experiência para ver se o poço era realmente sem fim ou se era mesmo um portal para o inferno. Para isso eles amarraram um prisioneiro com uma corda e fizeram ele descer o poço. Depois de poucos minutos a descer o homem, ouviu-se na escuridão do poço o prisioneiro desesperado a fazer gritos agoniantes. Eles puxaram o homem para fora do poço e, para a surpresa de todos, os cabelos dele ficaram brancos, ele parecia agora um idoso, tinha envelhecido em poucos minutos algo à volta de 30 anos. Isso foi suficiente para concluirem que o poço realmente era o portal para o Inferno.


 Algo tinha de ser feito para sela-lo, então o rei Ottokar II mandou construir um castelo sobre o poço. A construção começou em 1253 e foi terminada em em 1271, sendo restaurada algumas vezes posteriormente. Com o castelo sobre o poço os relatos sobre as criaturas cessaram, bem pelo menos fora do castelo. Conta-se que se ouvem terríveis gritos e barulho de algo a arranha a parede dentro do castelo, como se essas criaturas estivessem a tentar escapar, também é um local onde vários figuras fantasmagóricas são avistadas a vaguear nos corredores. Ninguém arriscava-se a viver no castelo.
 Visto de fora, este castelo parece ter muitas janelas, mas muitas delas são falsas, também não existem nenhumas muralhas, nem nenhuma protecção contra um ataque externo. Também não existem fontes de água perto do castelo. É sem dúvida um edifício muito estranho, no interior encontram-se vários frescos nas paredes, alegadamente da época da sua construção, onde são retratadas figura fantásticas como dragões voadores, anjos, o diabo e até simbologia demoníaca. 


 Actualmente ainda surgem vários relatos avistamentos e encontros com criaturas e a actividade dentro do castelo continua intensa. Muitos visitante afirmam que na capela ouvem vários gritos vindos do chão, a capela foi construída em cima do poço. Também há vários relatos de encontros com um monstro humanoide com aspecto de rã que supostamente vagueia nos corredores do castelo. Ao longo dos anos vários caseiros que trabalharam no castelo relataram que de vez em quando deparavam-se com espirito sem cabeça que jorrava sangue do corpo no pátio, outras coisas estranhas acontecem no castelo como objectos que levitam.
 Os Nazis, que são conhecidos por fazerem expedições de estudos ocultistas, também estiveram no castelo onde fizeram rituais com a esperança de invocarem os poderes do Inferno. Investigações feitas por grupos de pesquisa paranormal concluiram que o castelo é casa de um mal puro, o que faz deste um dos locais mais mal assombrados do mundo.



 Serão estas histórias sobre o castelo de Houska reais? 
Obrigado por ler.


Fontes:

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Toire no Hanako-san - Lendas Urbanas # 8

 Já um bom tempo que não trazemos para o blog um destes jogos/rituais japoneses e como sempre fica aquele aviso.


 Conta-se que há um fantasma que assombra as escolas japoneses, normalmente ele encontra-se na casa de banho feminina do terceiro andar, o nome dela é Hanako-san e é um espírito vingativo.
 Hanako-san é uma menina que morreu na casa de banho, mas em situação morreu não se sabe, quando a lenda é grande mais versões da mesma existem.
 Durante a Segunda Guerra, Hanako estava a brincar na às escondidas na escola quando foi surpreendida pelo alarme de bombardeio, ela procurou refugio na casa de banho onde morreu pelo ataque.
 Hanako, um dia estava a caminhar na floresta quando foi abordada por um homem de machado. Ela fugiu para a escola e escondeu-se na casa de banho, o homem perseguiu-a, encontrou-a e matou-a com o machado.
 Também há a história de que Hanako não conseguia lidar com a pressão escolar então suicidou-se na casa de banho.
 A lenda tornou-se muito popular na década de oitenta no Japão, mas sabe-se que é originária da década de cinquenta.
 O fantásma de Hanako-san pode ser invocado, se tiveres coragem e a curiosidade para o fazer.
 Vai para a casa de banho feminina do terceiro andar, durante a noite, numa escola qualquer que satisfaça essas condições, apróxima-te da porta da quarta retrete e pergunta "Anata wa, Hanako-san ga arimasu?" (Hanako, estás aí?), ela irá responder "Watashi no koko ni iru ya" (Sim, estou aqui).
 Se abrires a porta irás ver uma menina com uma saia vermelha e com longos cabelos negros e lisos, ele é um espirito vingativo, então provávelmente, ela vai te matar afogando a tua cabeça na sanita. Então se calhar é melhor não abrires a porta.
 Terias coragem de invocar Hanako?

Existe o filme baseado na lenda de Hanako, ele chama-se Shinsei toire no Hanako-san e foi lançado em 1998 no Japão. Está aqui o trailer.



 Obrigado por ler.

domingo, 30 de abril de 2017

Zdzisław Beksiński e as suas obras macabre - CreepyArt #2

 Zdzisław Beksiński é um artista polaco, infelizmente, já falecido, que nasceu em 1929 e morreu em 2005 assassinado. Ele pintava e fotografava, mas não é o artista moderno que estás habituado a ver nos museus, ele era extremamente criativo e as suas obras são peças que conjugam perfeitamente o belo e o bizarro, talvez sejam representações de pesadelos influenciadas pelo movimento surrealista, movimento expressionista e pelos velhos mestres Goya e Bosch. Ele dizia-se um artista gótico ou barroco, demasiado moderno para isso na opinião, talvez ele seja um pintor gótico, mas com o termo gótico com o mesmo sentido da literatura gótica que não tem nada a ver com o gótico medieval das catedrais e sim com o género terror.


  Vou deixar a biografia para o fim do post porque compreendo que a maior parte quer ver apenas as obras, mas depois da biografia têm quatro vídeos que poderão querer ver. A maior parte das obras de Beksiński não tinham titulo.

 Pintura

"Quero pintar como se estivesse a fotografar sonhos" (Beksiński)
























Fotografia:

"Pessoalmente, tenho mais medo de morrer que da morte em si. Isto não é medo do vazio mas do sofrimento  — e isso é o que eu mais temo." (Beksiński)










 Zdzisław Beksiński nasceu no dia 24 de Fevereiro de 1929, em Sanok, no sul da Polónia, a mesma cidade onde foi enterrado. Na adolescência ele desenhava na escola inspirando-se em livros de banda desenhada, ele queria ser cineasta, mas os pais achavam que a arte não um meio de sustento viável. Então mandaram-lhe para Cracóvia onde ele estudou arquitectura na Faculdade de Arquitectura do Politécnico de Cracóvia, durante esse período ele começou a fotografar. Em 1955 concluiu os estudos e voltou para Sanok onde começou a trabalhar como supervisor em construção civil, mas não gostava da profissão e brevemente deixaria-a para se dedicar à arte. Nessa época ele desenhava e fotografava no seu tempo livre, certo dia começou a esculpir e usava os materiais de construção do seu local de trabalho. A sua fotografia era peculiar e foi precursora à sua pintura.
 Beksiński não teve formação em arte, pode-se dizer que era autodidacta. As suas pinturas era pintadas a óleo e o suporte eram painéis de chapa de fibra que ele preparava, ao pintar ele sempre punha musica clássica a tocar, ele também adorava musica rock.
 A primeira vez que ele fez um grande sucesso numa exposição em 1964 na cidade de Varsóvia, nesse evento ele vendeu todas as pintura expostas. Em pouco tempo ele tornaria-se na maior figura da arte contemporânea polaca. No final dos anos sessenta, Beksiński entrou no seu melhor período, que durou até o meio da década de oitenta. Este foi o período mais famoso, foi quando pintou imagens perturbadoras, tinham um ambiente sombrio e surrealista e mostravam cenas muito detalhadas de morte, paisagens cheias de esqueletos, figura deformadas e desertos. Na altura, Beksiński afirmou "Quero pintar como se estivesse a fotografar sonhos". Apesar do aspecto sombrio, Beksiński dizia que o seu trabalho era mal interpretado e que , na sua opinião, o seu trabalho era optimista ou até cómico. A maior parte das vezes ele não tinha um significado para os seus trabalhos e também não lhe interessava interpretações possíveis; por isso, ele não dava títulos para as suas obras. Em 1977 mudou-se para Varsóvia, mas só depois de queimar uma boa parte do seu trabalho no quintal. Mais tarde contou que esses trabalhos eram muito pessoais e alguns eram insatisfatórios, por isso não queria que as pessoas vissem.
A década de oitenta foi marcada por um período de transição para o Beksiński, nessa altura, as obras dele ficaram mais popular em França e ele alcançou uma popularidade significante na Europa, Estados Unidos e Japão. A sua arte na segunda metade a década e no inicio dos anos noventa consistia em  monumentos ou imagens tipo escultura pintados com uma palete restrita e frequentemente suave que incluía uma série de cruzes. No final dos anos 90, ele descobriu os computadores, a Internet, a fotografia digital e manipulação de fotos,na qual dedicou-se até à sua morte.
 Os ultimos anos da sua vida foram difíceis com a morta da esposa Zofia em 1998 e o suicídio do filho em 1999.
 Em 2005, dia 21 de Fevereiro, foi encontrado morto com marcas de 17 facadas na sua casa em Varsóvia, não havia sinais de arrobamento ou assalto por isso deduziu-se que foi algum conhecido do pintor a praticar o crime. O assassino foi  Robert Kupiec, um jovem de 19 anos filho do porteiro de Beksiński, Krzysztof Kupiec.  O motivo do assassinato foi, aparentemente, que Beksiński recusou-se a emprestar dinheiro a Robert. Então ele e  Łukasz Kupiec, um parente dele de 16 anos que foi considerado cumplice, foram condenados. Robert recebeu a sentença de 25 anos de prisão e  Łukasz recebeu a sentença de 5 anos de prisão.


"Pessoalmente, tenho mais medo de morrer que da morte em si. Isto não é medo do vazio mas do sofrimento  — e isso é o que eu mais temo." (Beksiński)

 Para acabar ficam quarto vídeos do artista, o primeiro são clips caseiros feitos por ele, o segundo é uma reportagem no atelier dele, o terceiro é uma entrevista sobre a arte dele e o ultimo é uma entrevista sobre o amor dele à musica. Todos os vídeos estão em polaco e legendado em inglês.
 Hoje faz um mês desde que começamos as fazer post diários e o blog cresceu bastante devido a isso, tivemos 20x mais visualizações este mês que em Março, então quero agradecer a todos os que apoiaram o blog, seja os que leram um post, seja os que leram vários, seja os que estão pela primeira vez aqui.


Fontes:
 - Wikipedia
 - Bored Panda
 - Lincoln Journal Star
 - Thomas Ligotti Online
 - NNDB
 - Culture.pl (também usei o artigos que aparecem no lado esquerdo a dizer "See Also" como fonte)